Filho de Mestre Zezinho, um dos mais importantes ceramistas vivos daquela cidade, Nando, ou simplesmente Zezinho Filho, como também é conhecido, tem suas peças espalhadas pelo mundo. Desde pequeno desenvolveu o dom para a arte cerâmica. Seguindo o estilo do pai, iniciou a vida como artesão fazendo imagens sacras, até que no ano 2000, sem muita pretensão resolveu fazer uma releitura das pinhas portuguesas, que no período Colonial (século XIX), eram usadas para demonstrar riqueza e ornamentavam áreas externas como muros, castelos e escadarias de mansões. Com o tempo, as Pinhas foram ganhando espaço na decoração interna e hoje compõem lugar de destaque em mesas e salas compartilhando sofisticação com outras peças de arte.

Sua produção é em regime semicoletivo, a participação da família no trabalho vai desde o preparo do barro até a modelagem, secagem, queima e pintura das peças. Nando trabalha hoje junto com seu irmão Carlinhos em seu ateliê localizado na cidade de Tracunhaém (PE).

O ceramista José Joaquim da Silva, o Zezinho de Tracunhaém, pai de Nando e Carlinhos, fez da arte santeira a sua expressão maior, tornando-se um dos mais importantes artistas populares do Brasil, fonte de inspiração e mestre de dezenas de artesãos, tendo obra escultórica encontrada em acervos de igrejas, museus e coleções particulares, como o Museu de Arte Contemporânea (PE), Museu Casa do Pontal (RJ) e Palácio do Planalto.